segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Retrospectiva 2017 - Os Melhores Atores Coadjuvantes


Seguindo com a Retrospectiva aqui no blog, vou começar a falar das atuações masculinas em papéis secundários que marcaram o ano. Tentei ver o máximo de filmes de 2017 para tentar chegar a uma lista mais justa possível e por isso, também, não me baseio muito nas premiações, que muitas vezes se esquecem de grandes atores. Para este TOP 10, cito apenas as obras que foram lançadas no Brasil ano passado, independente do ano que foram lançadas em seus respectivos países de origem. 

Espero que gostem da lista e se lembrarem de algum ator esquecido ou apenas discordarem de algum, fiquem livres para comentar!

por Fernando Labanca



10. Mahershala Ali (Moonlight)

Apesar de ser uma pequena participação no filme "Moonlight", entrando em cena apenas em um dos três capítulos que separam a obra, a presença de Mahershala é marcante. Um personagem cativante e que tem uma importância significativa na jornada do protagonista. Vencedor do Oscar por sua atuação, temos aqui mais um exemplar daquele ator que faz muito com o pouco que tem mãos.




09. Will Poulter (Detroit em Rebelião)

De longe, o personagem mais detestável do ano. É impossível encará-lo e não sentir rancor ou qualquer tipo de repulsa. Era a intenção da obra, claro, mas obviamente este sentimento que nos trás ao assistirmos "Detroit" não aconteceria sem a atuação surpreendente de Will Poulter. Atuando desde criança, é nítido a evolução do ator, que rouba a cena aqui e entrega uma performance assustadoramente admirável.



08. Jovan Adepo (Um Limite Entre Nós)

Em um filme que Viola Davis e Denzel Washington entregam fortes atuações, pouco se falou sobre a presença deste jovem ator. Me surpreende ver um iniciante dividir a cena com dois monstros do cinema e em nenhum momento parecer menor ou não estar no mesmo nível. Jovan, surpreendentemente, estava no mesmo nível e encarou este desafio com muita força. Emocionou e realizou alguns dos melhores momentos de "Fences".




07. Dev Patel (Lion)

Desde o clássico "Quem Quer Ser um Milionário", Dev Patel não brilhava tanto no cinema como ele brilha em "Lion". Entrando em cena na segunda fase da trama, ele tem a difícil missão de aparecer quando a história de seu personagem já estava em evolução. Com muita sensibilidade e uma constante tristeza no olhar, Dev comove mesmo quando o filme não tem a intenção. É muito belo tudo o que ele faz, entregando algumas sequências de cortar o coração.




06. Lucas Hedges (Manchester à Beira-Mar)

Lucas Hedges foi uma das grandes revelações do cinema com a chegada do drama "Manchester à Beira-Mar". Sua presença é surpreendente e cresce ao decorrer do filme. O ator entrega alguns momentos incríveis ao lado de Casey Affleck, mostrando a fragilidade de seu personagem que precisa enfrentar a perda do pai. É extremamente comovente sua presença e é ótimo ver um jovem ator dando conta de um desafio como este.




05. Patrick Stewart (Logan)

"Logan" foi mais do que uma excelente despedida de Wolverine nos cinemas. Foi um presente dos roteiristas aos grandes atores que fizeram parte desta história. Não é sempre que vemos atuações como esta em "filmes de heróis" e por isso é muito válido relembrar e destacar o que este cara fez aqui. Há dezessete anos o ator Patrick Stewart se dedica ao Professor Charles Xavier e ele nunca teve a chance de fazer o que "Logan" permitiu que ele fizesse. Foi de arrepiar, foi bonito de ver. Ele aproveitou esta oportunidade e provou - o que nem sempre era nítido na franquia - ser o puta ator que é.




04. Jeff Bridges (A Qualquer Custo)

A verdade é que "A Qualquer Custo" entrega para o público ótimas atuações de todo o elenco. Chris Pine e Ben Foster também brilham aqui e isso é inegável. Jeff Bridges é veterano, mas ainda assim continua a pegar papéis que lhe dão a chance de mostrar seu enorme talento. Desde o forte sotaque à sua postura, o ator acerta mais uma vez, trilhando do drama ao humor em mais um grande personagem de sua longa carreira.




03. Woody Harrelson (O Castelo de Vidro)

Woody não só foi uma das poucas coisas boas da última parte da saga "Planeta dos Macacos" - e por isso já mereceria um destaque na retrospectiva -, como também foi o grande destaque do drama "O Castelo de Vidro". Seu papel de um pai alcoólatra é bastante complexo e cheio de oscilações e mesmo que nos faça ter ódio dele, ainda nos cativa, ainda nos convence a tentar entendê-lo. Sim, sua atuação me levou às lágrimas e este é o poder de sua forte presença.




02. Aaron Eckhart (Sangue Pela Glória)

Durante todo o filme "Sangue Pela Glória" fiquei tentando buscar algo de Aaron Eckhart que tenha restado ao interpretar o treinador de boxe Kevin Rooney. A resposta é que não há nada do ator ali, logo que ele surge irreconhecível, não só por ter engordado e pela maquiagem, mas principalmente por seus novos trejeitos, por sua nova postura, por sua voz. Aaron renasce para dar vida ao personagem e é triste que, mais uma vez, ele não tenha sido reconhecido por seus esforços.




01. Ralph Fiennes (Um Mergulho no Passado)

Provavelmente alguém deve ter dado drogas para Ralph Fiennes ter participado de "Um Mergulho no Passado". Não é possível que ele estava sóbrio durante as gravações. Seja qual tenha sido a razão, a verdade é que seu personagem é uma das coisas mais sem noção que vi em 2017. Ele canta, dança, encara um inesperado nú frontal, grita e segue a cena como se nada tivesse acontecido. Fiquei chocado com sua presença e a naturalidade com que ele encara o imprevisível. O melhor coadjuvante do ano.



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