terça-feira, 3 de agosto de 2010

Crítica: Encontro Explosivo (Knight and Day, 2010)

Encontro Explosivo, filme de ação, que conta com a direção do excelente James Mangold e com atuações dos astros Tom Cruise e Cameron Diaz. Um filme dinâmico, divertido e que não exige nada de nosso cerébro.

por Fernando Labanca

O diretor James Malgold é bem versátil, em sua carreira vemos diferentes estilos, como o ótimo suspense de 2003, Identidade e os excelents dramas, Garota, Interrompida (1999) e Johnny June (2005), além da comédia romântica Kate e Leopold (2001) e até o remake do faroeste Os Indomáveis de 2007. E dessa vez, ele está apostando em mais um gênero, ação. E para esse estilo nada melhor que Tom Cruise, acostumado ao seus "Missões Impossíveis", aqui ele tem que fazer o impossível mais uma vez, porém com mais humor. E Cameron Diaz, que sabe trabalhar bem em filmes de comédia e ação. Os dois voltam a trabalhar juntos, logo que em 2001, trabalharam em Vannila Sky, portanto, ter química não é problema para os dois.

Na trama, o jovem Simon (Paul Dano), um gênio, cria uma bateria que nunca descarrega, e esse produto passa a ser posse de uma poderosa agência norte-americana, porém, um dos agentes, Roy Miller (Cruise) consegue esta beteria começa a ser perseguido pela própria agência. Em sua fuga, ele conhece June (Diaz), um mulher carente que está a caminho do casamento de sua irmã, na sua pressa, ela consegue embarcar num horário mais cedo, pegando o mesmo voo que Roy, o que ela não esperava é que neste avião estariam agentes dispostos a matar o fugitivo, ele tenta avisá-la, mas nada acontece. No voo, ela rapidamente se apaixona, enquanto ele mata todos, inclusive o piloto. A moça entra em total desespero, e o agente tem que fugir e ao mesmo tempo salvar a pele da donzela que agora também passa a correr risco de vida.

E nesta fuga, tudo acontece, tiroteios e explosões, e June ainda tem a escolha de voltar a sua vida normal ou continuar nessa loucura de vida, ela escolhe ser perseguida e continuar ao lado de Roy. Entretanto, nem tudo é o que parece, a após conversas e discussões, June passa a duvidar da identidade do agente e refletir se ele é o vilão ou bonzinho dessa história, se ele é quem está tentando salvar a pele do jovem Simon e impedir que a agência lucre com a bateria, ou ele é quem está em busca de lucro e colocando sua vida em risco para concluir seu objetivo.

Encontro Explosivo não faz o tipo "comédia romântica e ação" convencional. O romance é pouco utilizado, deixando a ação prevalecer, com algumas cenas de humor, que aliás, são até engraçadas, logo que o casal principal sabe ser engraçado e ao mesmo encarar uma grande cena de ação e muitos efeitos visuais. É bastante divertido ver os dois em cena, são bem naturais e parecem se conhecer há muito tempo, seus respectivos papéis não exigem muito de suas atuações, mas são eficientes no que fazem e o grande sucesso do longa se deve aos atores que não permitem que a trama escorregue, muito pelo contrário, se tornando cada vez mais interessente com os dois protagonizando. O filme ainda conta com coadjuvantes de peso mas em papéis fáceis, como Paul Dano, Viola Davis e Peter Sarsgaard.

James Malgold, ao meu ver, passou no teste de gênero "ação/comédia", sua direção é interessante, e mesmo o estilo ser bastante batido, ele inventa coisas que são até que originais e fazem de "Encontro Explosivo" um filme fora de ser "só mais um". Como as sequências em que June é dopada e vemos os acontecimentos com seu ponto de vista e o pouco que vê é o suficiente para entendermos que eles pularam de paraquedas, foram sequestrados, torturados, fugiram e foram parar numa bela ilha, tudo isso em apenas alguns segundos, brilhante e ao mesmo tempo, divertido.

Um filme extremamente dinâmico, onde tudo acontece ao mesmo tempo, ação de primeira qualidade. Entretanto, o excesso acaba pecando, fazendo muito barulho por nada, cansa ver muita ação, apesar de serem bem feitas, não há quem aguente! Desligue o cerébro completamente, não espere um Jason Bourne, um filme feito para diversão, nada mais que isso.

NOTA: 7

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