quinta-feira, 29 de julho de 2010

Crítica: Shrek Para Sempre (Shrek Forever After, 2010)

A adorável franquia "Shrek", supostamente, chega ao fim. Desde 2001 acompanhamos as aventuras desse ogro que conquistou seu espaço e devido ao sucesso do quarto filme, prova que ainda tem poder e mais do que isso, sua incrível trajetória entra para a história do cinema, como uma das mais bem sucedidas franquias de todos os tempos.

por Fernando

Dessa vez, dirigido por Mike Mitchell, Shrek Para Sempre tem clima de despedida, onde tudo gira em torno daquilo que já passou, o roteiro aposta na memória daquele que o assiste, onde as piadas e as personagens nos remetem aos filmes anteriores, e não é uma questão de falta de originalidade, mas sim de tentar nos lembrar o porquê de estarmos ali, mais uma vez, o porquê dessa trajetória ser tão especial para nós.

Aliás, falta de originalidade ainda não faz parte dessa saga, onde desde o princípio optou pela criatividade e ousadia e dessa vez não é diferente. No quanto filme, Shrek se cansa de sua rotina, uma vida tranquila e pacata ao lado de Fiona e seus três filhos, deixou de ser o ogro feroz e que todos temem, virou um pai de família qualquer. Sente falta do tempo em que vivia sózinho, sem responsabilidades, de seu pântano isolado de todos.

Há muito tempo, Rumpelstiltiskin, uma espécie de duende, tenta ganhar a vida a custa da irresponsabilidade dos outros, faz contratos mágicos, onde tudo o que as pessoas sonham se realiza, mas essa escolha sempre tem um preço. Shrek o procura e assina um contrato, onde apenas por um dia voltaria a sua vida de adrenalina e liberdade, entretanto, ele troca tudo isso por um dia de sua vida, um dia qualquer. Esperto, Rumpels escolhe o dia em Shrek não havia nem nascido, pois graçás ao próprio Shrek, anos atrás, o duende havia perdido a chance de ser rei em Tão Tão Distante, agora sem sua existência, toda a história muda e ele consegue realizar seu grande objetivo.

E Shrek vai parar num mundo paralelo, onde nunca existiu, onde todos os seus amigos não o reconhecem, até que descobre que para desfazer o pacto ele teria que dar um beijo na mulher amada e para isso vai ter que reencontrar Fiona, porém, a ogra se tornou líder de uma comunidade de ogros que lutam para fazer uma grande revolução e destruir o reinado de Rumples. Então, Shrek tenta de todas as maneiras reconquistar o coração de sua amada e a confiança de seus fiéis amigos, Burro e Gato de Botas, além, é claro, de aprender o que realmente importa na vida e que um dia de aventura não vale uma vida inteira ao lado das pessoas que ama.


Uma grande idéia para um final, o que aconteceria se Shrek nunca houvesse existido? É interessante como tudo acontece, vemos o caminho que todas as personagens seguiram sem a existência do ogro e como uma única ação muda toda uma história, uma única escolha. Há anos atrás, Shrek só queria seu pântano de volta e por isso salva Fiona e devido a isso, a trajetória dos envolvidos muda completamente.

É nítido que o filme já não tem mais o pique dos filmes anteriores, a trama já não é tão dinâmica, a frequência de boas piadas é longa, até mesmo as música com alto astral sumiram. É definitivamente, o mais fraco de todos, não fecha com chave de ouro, assim como Toy Story. Entretanto, o filme ainda tem seus pontos positivos, o roteiro, principalmente, e as personagens que continuam carismáticas.

Tudo flui como despedida, as cenas, as piadas, até mesmo a canção final, "I'm a Believer". O drama tem bastante presença, assim como o romantismo que é até mais forte que os anteriores. A verdade é que não há como não gostar de Shrek Para Sempre, claro que sou suspeito para dizer isso, logo que sou fã assumido da saga, pois o que houve de melhor em Shrek retorna aqui, e lembramos de tudo, uma simples piada ou imagem surge, rapidamente, mas em nossa mente, volta toda uma história, e isso é fantástico. Shrek perdeu o pique mas não perdeu a magia, o encanto.

NOTA: 8,5

terça-feira, 20 de julho de 2010

Crítica: A Caixa (The Box, 2009)

Richard Kelly. Um nome que para muitos é desconhecido, para aqueles que o conhecem, sabem que é sinônimo de uma grande surpresa, de algo ousado e inovador. Sua carreira no cinema é curta, porém cheia de mistérios, seus filmes são recheados de críticas, sejam elas positivas ou negativas, mas a verdade que ele nunca passa despercebido. Ou amam seus trabalhos, ou odeiam.

Diretor de Donnie Darko, filme 'cult' de 2001, e que hoje é visto como uma das obras-primas do cinema independente. Em 2006, o indicado a Palma de Ouro no Festival de Cannes, Southland Tales: O Fim do Mundo, que não encontrou seu público e foi um verdadeiro fracasso. Em 2009, ele retornou com A Caixa, suspense baseado no conto de Richard Matheson, "Button, button", que escreveu na década de 80 e que posteriormente foi filmado para a série Além da Imaginação.

por Fernando Labanca

No ano de 1976, Norma (Cameron Diaz) e Arthur Lewis (James Marsden) moram no subúrbio de Virgínia e juntos tem um filho. Ele, um ambicioso engenheiro da Nasa, que está prestes a ganhar sua promoção. Ela, uma professora, que dá aula na mesma escola onde seu filho estuda, que devido ao seu trabalho, ele ganhou uma bolsa de estudo. Até que algumas normas da escola mudam, e ele perde essa bolsa, já Arthur não ganha a promoção que sempre lutou. Até que eles e seus problemas financeiros recebem um presente nada convencional.

Uma caixa com um botão e um cartão dizendo que ás 17 horas do próximo dia, o dono da caixa, Arlington Steward (Frank Langella) lhes faria uma visita. No horário prometido, o senhor chega, com um lado de sua face queimada, dizendo que se apertarem o botão, eles ficariam milionários, por outro lado, matariam alguém que não conheciam. Detalhe, teriam 24 horas para fazer a escolha. Desesperados e preocupados com as consequências, começam a refletir sobre "o que é conhecer alguém", "será que eles se conhecem?", uma questão importante que poderia definir quem poderia ser a vítima. Até que Norma aperta. O senhor misterioso volta, pega a caixa de volta e lhes entrega o dinheiro, dizendo que a caixa seria reconfigurada e entregue a alguém que eles não conheciam.

A partir então suas vidas mudam drasticamente, as concequências desse ato começam a invadir suas vidas, e entram num jogo perigoso cheio de mistérios, que envolvem uma sequência de mortes, estudos da Nasa e poderes sobrenaturais.


Um filme diferente. Os toques de Richard Kelly são visíveis, é nítido que é feito pelo mesmo diretor de Donnie Darko, tem a mesma tensão, um clima nostálgico e pesado, cheio de elementos misteriosos, sequências que não fazem o menor sentido e frases de efeito. A Caixa surpreende, por ser, definitivamente, um filme de suspense superior a muitos do mesmo gênero, por não ser apelativo, o diretor aposta em algo que é completamente descartável no cinema atual, é perigoso usar esta arma, ele utiliza do pensar, raciocinar para a compreensão da história, onde nem tudo que é preciso para o entendimento da trama está na tela, é preciso reflexão.

Acredito que esse seja o motivo pelo filme não ter feito sucesso, foge do convencional. O longa utiliza uma série de estudos, sejam eles científicos ou filosóficos para criar uma teia de acontecimentos que no exato momento não fazer sentido algum, mas se pensado talvez possa fazer. Confesso que não entendi 100% do filme, é quase impossível, até pelo fato de A Caixa utilizar nomes técnicos e termos completamente desconhecidos do grande público. O que não deixa de ser um grande defeito, logo que o filme se torna extremamente confuso por não facilitar, já basta a história ser difícil de entender, eles ainda colocam termos ciêntíficos que nunca ouvi falar? Ignorância da minha parte, sim, eu sei, mas sei também que não sou o único que fiquei 'viajando'.

A reflexão do filme fica, acredito, no egoísmo da humanidade. Onde uma sociedade não avança quando cada indívidou só pensa no seu lado, nos seus problemas, quando aquelas pessoas que o cercam são apenas pessoas, e que seus problemas não importam. E os seres continuam seguindo em frente mesmo quando suas atitudes prejudicam a vida dos outros. Além da utilização da famosa frase de Sartre: "o inferno são os outros", chegando até ter uma interpretação literal no longa.

Cameron Diaz está surpreendentemente fantástica. Muitas vezes parece estar desconfortável com sua personagem, entretanto, em determinadas cenas se entrega com tanta profundidade que chega a ser comovente sua atuação, principalmente no final. James Marsden se encaixa bem em seu papel, e digo que foi um ponto alto em sua carreira. Os dois juntos funcionam bem, provando que mesmo num filme de suspense, a atuação é fundamental, e com eles, presenciamos cenas marcantes, chegando a ser memoráveis, logo que em filmes do gênero nunca vemos atores se entregarem tanto a seus personagens, e que personagens!

A Caixa falha pela confusão que acaba criando na trama. É tudo muito, extremamente confuso. A história contada nas pequenas sinopses (inclusive aqui) nada contam sobre o longa, pois tudo o que foi exposto sobre o filme se resolve em trinta minutos e o resto é preenchido por figuras sinistras que surgem do nada, frases que não fazem sentido, idéias completamente fora do normal. Além do trailer que nos apresenta uma trama ágil e dinâmica, bem diferente do que realmente é. A Caixa é criativo, original, com uma direção notável e atuações marcantes. Um filme inteligente feito para aqueles que gostam de pensar e não buscam uma história pronta. E para finalizar, ainda tem um comovente e surpreendente final.

NOTA: 8,5

domingo, 18 de julho de 2010

Crítica: Invictus (2009)

18 de julho, Nelson Mandela, representante do movimento anti-apartheid e ex-presidente da África do Sul, completa 92 anos. E no cinema, o líder, foi muito bem representado, com mais uma das obras-primas de Clint Eastwood, Invictus.

Um filme sobre um mestre, feito por um mestre.

por Fernando Labanca

Na década de 90, Nelson Mandela foi libertado após quase trinta anos preso, devido ao fato de ser um líder revolucionário que foi contra um dos mais injustos movimentos da história, o 'apartheid'. Saiu da prisão, e sentiu o que mais temia sentir, a África do Sul mudou, mas o sentimento das pessoas continua o mesmo, a de que existe em um só território duas raças, a dos brancos e a dos negros.

Decidido a mudar a história e fazer desse país um lugar mais justo, um lugar onde ele sempre sonhou viver, se candidatou a presidente, promovendo a paz em discursos comoventes, ele venceu e em 1994, Mandela mais uma vez se tornou líder, líder de um povo, do mesmo povo que há trinta anos lhe tinha colocado na prisão, os brancos.

Como primeira atitude, ele não manda embora os funcionários brancos de seu palácio, decide integrar as duas raças, logo que vários funcionários negros o seguiram. Até que, vendo a atual situação do 'rugbi', o esporte mais famoso do país e também o esporte mais branco da África, resolveu apostar no esporte, acreditando que essa poderia ser sua arma crucial para unir o povo, logo que a Copa Mundial de Rugbi estava prestes a chegar, entretanto, o time era fraco e muito criticado pela mídia.



Para isso, Mandela, vai atrás de Francois Pienaar (Matt Damon), o capitão do time, e passa a inspirá-lo, prova para o rapaz o quanto vencer um jogo é importante, e que precisa lutar e acreditar na vitória, e lhe entrega um poema, um poema que lhe deu força durante os anos de prisão. Mas nesses encontros, Nelson acaba ensinando muito mais ao capitão do time, como ter esperança, acreditar em coisas boas, ser otimista mesmo quando tudo ao seu redor lhe diz para não ser, e lhe fez refletir como era capaz um homem, mesmo depois de trinta anos, além de perdoar aqueles que lhe fizeram sofrer, ainda deseja o bem a eles e ainda luta para que isso aconteça.

O rugbi, cresce, ganha força, a África, enfim, ganha um time de verdade, e mais do que um time, ganham heróis, e os torcedores deixam de ter uma cor, e passam a ter algo em comum, como a esperança de ter a vitória, como a esperança de viverem em lugar melhor, onde não há mais divisões.

Uma história belíssima, baseada em fatos reais num período importante na vida de Mandela e que poucos conhecem, um exemplo raro de como o esporte pode interferir na política de uma forma positiva. E felizmente, a ótima ideia é transportada para o cinema de uma forma incrível pela mãos de Clint Eastwood. Ele simplesmente não erra, depois de uma brilhante sequência nas telas, como Sobre Meninos e Lobos, Menina de Ouro, A Troca e Gran Torino, o gênio do cinema, volta mais uma vez e com uma outra obra prima, um filme marcante.


A ideia não só é incrível, como também funciona bem nas telas. Poderia ter escorregado fácil, mas Clint consegue manter a tenção do público do início ao fim do longa, mesmo quando já sabemos do final, e a ideia principal já foi mostrada na primeira meia hora de filme. Mesmo assim, nos sentimos fisgados, hipnotizados por essa grande trajetória. É simplesmente, bem feito. Tudo parece surgir na hora certa e da forma certa. A trilha sonora, diga-se de passagem, muito diferente dos filmes de Eastwood e a fotografia ajudam bastante. É um dos filmes mais diferente que ele já ousou fazer, é mais alegre que os demais, nos sentimos esperançosos e não angustiados e deprimidos como os anteriores.

Morgan Freeman. O que dizer desse grande ator? Constrói uma personagem incrível, Nelson Mandela foi muito bem representado por ele, outro gênio do cinema. Foi uma das melhores atuações de Freeman nos últimos anos, logo que as semelhanças com outros personagens de sua carreira, são minímas. Matt Damon também merece destaque, mais uma vez está incrível na tela, e mais uma vez acerta no projeto em que se envolve, é interessante como ele aparece no filme, sua personagem é um capitão de rugbi e Damon encarna isso com perfeição, não surge como sendo um astro no campo do esporte, surge como um jogador qualquer, faz parte daquele time e durante os minutos do longa, acreditamos nisso.

Não é um filme tão empolgante quanto os demais da brilhante carreira de Clint Eastwood, ainda sim é incrível, mas não é como Menina de Ouro, por exemplo, que ficamos paralisados, sem respirar, e ficamos pensando horas e horas na história, uma marca de Clint. É um filme mais família, classificação livre, sem cenas marcantes de tirar o fôlego. Mas ainda vale muito a pena, com toda a certeza, como já disse anteriormente, o diretor acerta mais uma vez. Um filme que merece ser assistido, não só por ser um ótimo filme, mas pela trajetória de Nelson Mandela, que esse sim, deve ter se sentido orgulhoso.

NOTA: 9


quarta-feira, 14 de julho de 2010

Crítica: Cartas Para Julieta (Letterts to Juliet, 2010)

Cartas Para Julieta, comédia romântica inspirada no romance clássico de Shakespeare, conta com a direção de Gary Winick (De Repente 30) e roteiro de Jose Rivera (Diário de Motocicleta). E ainda com atuações de Amanda Seyfried, da veterana Vanessa Redgrave e do sempre ótimo Gael Garcia Bernal.

por Fernando Labanca

No filme, Sophie (Seyfried), é uma escritora, que trabalha num jornal em busca de verdades, vai em qualquer lugar a procura de fatos que comprovem certas histórias, mas como qualquer escritora, seu grande objetivo é ser promovida e ter seu próprio artigo. Em sua vida amorosa, está noiva de Victor (Bernal), um chef de cozinha profissional, e antes que ele abra seu grande restaurante, eles decidem curtir uma pré-lua de mel, no local dos casais apaixonados, Verona, na Itália.

Uma viagem que era para ser inesquecível, entretanto, Victor não consegue não pensar no trabalho e usa essas férias para melhorar seus negócios, ignorando completamente as vontades de sua noiva. Por outro lado, Sophie decide cutir as maravilhas do lugar sózinha, até que nesta busca por belos pontos turísticos, ela acaba encontrando algo que lhe chama muito a atenção, um muro de pedras, rodeado por mulheres que choram e nele são colocadas cartas. Curiosa, ela descobre que aquele era o muro da suposta casa de Julieta, a mesma do clássico de Shakespeare, e que ali, as mulheres cultivavam uma tradição antiga de lamentarem seus conflitos amorosos em cartas pedindo ajuda para Julieta. Por trás daquele muro, ficavam as "secretárias de Julieta" que respondiam as cartas, dando conselhos para as desconhecidas que precisavam de ajuda. Até que por trás de uma pedra, sem querer Sophie acha uma carta, velha, e decide responder. Na carta, escrita muitos anos atrás, Clair, uma apaixonada abandona o amor de sua vida, no dia em que faria uma fuga, logo que sua família não aprovava seu romance, mas ela com medo, decide ficar e nunca mais viu seu amado.

Sophie responde sem esperar uma resposta. O que ela não esperava é que Clair acompanhada de seu neto, o inglês arrogante Charlie (Christopher Egan), vai até Verona atrás de Sophie, que segunda ela, foi encorajada pela belas palavras da jovem e decidiu ir atrás de seu amor, mesmo depois de tantos anos. Sophie, pensando em sua carreira, decide escrever um artigo, sobre Clair e o tal de Lorenzo e para isso parte em uma divertida e comovente viagem pelos caminhos da Itália, junto com Clair que se torna uma grande amiga e Charlie, que não se conforma com a inconveniência da jovem, mas que acaba não resistindo aos seus encantos.


Nesta viagem, o roteiro nos permite conhecer bem cada personagem, e descobrimos que Cartas para Julieta é muito mais que só a busca de um amor do passado e a prova de que uma verdadeira paixão resiste ao tempo, um filme belo que reune três pessoas que perderam algo muito importante na vida, mas que juntas decidem encarar suas perdas e seguirem em frente.

Gary Winick já mostrou seu talento em comédias românticas, fez o simpático De Repente 30 (2004), e o fraco Noivas em Guerra (2009), mas que retorna e alcança o auge de sua carreira nesse sutil e comovente filme, nos envolve facilmente nesta trama, água com açúcar pura, inocente e cheio de boas intenções. Além dos clichês, uma jovem em busca do principe encantado, uma mulher em busca do amor do passado, o jovem arrogante que passa o filme inteiro discutindo com a donzela, mas que acaba se rendendo no final. Entretanto, mesmo recheado de clichês, o filme sabe utilizá-los de maneira correta, o transformando num encontro do que há de melhor em comédias românticas. Vale citar também, que Cartas para Julieta não segue a mesma linha dos filmes desse gênero, onde o casal principal não é apresentado logo de início, muito pelo contrário, demoramos um pouco a perceber, além do fato de não focar no próprio casal, onde a trama cheia de detalhes, permite que o filme seja mais amplo, dando espaço para outras histórias.

A fotografia é encantadora, as vistas que o filme nos mostra são tão belas que já valem o ingresso, acompanhadas de uma sensível trilha sonora, bastante envolvente.

Amanda Seyfried, depois do sucesso de Mamma Mia!, encara com competência esse longa, se tornando uma adorável protagonista. Seu carisma é inquestionável, seu sorriso enche a tela, e sua personagem ganha vida com todas essas qualidades que a atriz carrega, impossível não se envolver com Sophie. Vanessa Redgrave está encantadora, não tem uma atuação exemplar e marcante em sua carreira, mas sua personagem é tão divertida e cheia de vida e a atriz consegue mostrar isso com cada gesto e cada sorriso. Christopher Egan é o novato do elenco, mas soube conquistar seu espaço na trama, e junto com Seyfried formam um adorável casal. O incrível também é a ótima quimica que há entre o trio. Gael Garcia Bernal, fazendo uma participação no filme, faz com competência, e mesmo que sua personagem seja extremamente irritante, consegue ser cativante.

O roteiro é interessante, a direção fundamental e eficiente. Cartas para Julieta se firma como uma das melhores comédias românticas do ano, pela sua sensibilidade, e por ser um filme, mesmo com tantos clichês, personagens batidos, e um final bastante previsível, consegue encantar, e porque não, emocionar. Para muitos, pode até ser um filme que será esquecido logo no final da projeção, até porque não é um filme extremamente marcante, mas o filme carrega em si, elementos que não são facilmente esquecidos, como suas qualidades técnicas, a reutilização de uma das obras mais influentes da literatura, que faz jus ao seu nome, e que não fará Shakespeare se revirar no túmulo como a patética versão de Bazz Luhrmann em 1996, e principalmente pelo carisma de seus protagonistas, por não banalizar a comédia romântica e não ter vergonha de fazer a trama seguir a linha de "felizes para sempre", aliás, que mal há nisso??

NOTA: 8,5

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Crítica: Onde Vivem os Monstros (Where The Wild Things Are, 2009)

Em 1963, Maurice Sendak, revolucionou a literatura infantil, com uma história simples, criando o que hoje é muito comum, os livros ilustrados. O livro, Onde Vivem os Monstros, era basicamente ilustrações do próprio autor, com apenas nove frases, criou o dia em que Max, um garoto de 9 anos fica sem jantar por mau comportamento e de castigo em seu quarto, ele elabora todo um mundo fantasioso, cheio de monstros.

Depois de muitos anos, o visionário diretor Spike Jonze (Quero Ser John Malkovich), resolveu adaptar para o cinema o que para muitos era inadaptável. Como colocar nas telas, um livro de ilustrações e com apenas nove frases?? Sim, Spike Jonze conseguiu, fez o impossível e mostrou para o público uma das obras-primas do cimema moderno, Onde Vivem os Monstros virou 'cult' e chama a atenção com sua sensibilidade e inteligência. E como o próprio Spike disse, não é um filme infantil, é um filme sobre infância.

por Fernando Labanca





No filme, Max (Max Records), de 9 anos, não compreende as coisas ao seu redor. Não se conforma como sua irmã está crescendo e fica furioso pela fato dela não mais se interessar por brincadeiras, e para piorar, sua mãe (Catherine Keener) não larga o computador, não lhe dando toda atenção que ele deseja. Até que certa noite, quando sua mãe leva o namorado (Mark Ruffalo) para jantar em casa, Max fica furioso, começa a querar chamar atenção, veste sua fantasia de lobo e arma o circo dentro da própria casa, sua mãe não admite tal comportamento e o reprime, é quando ele morde seu braço, ela o bate e o chama de monstro, descontrolado, Max foge de casa.

Sem saber para onde ir, ele corre, desesperadamente, entra num lugar misterioso cheio de árvores, encontra um mar e nele, um pequeno barco, ele, então, decide, embarcar numa grande aventura, sem saber onde vai parar. Até que ele chega numa ilha e para sua surpresa, habitada por monstros. Fica assustado, os monstros eram completamente descontrolados, estavam exaltados e destruindo suas próprias moradias. Max aparece e chama a atenção de todos, e para se manter vivo diante das terríveis criaturas, ele diz que é rei e que veio para governá-los, e por isso, precisa ser respeitado. Eles gostam da idéia, devido ao fato de estarem a muito tempo infelizes com o modo que levam suas vidas, desde muito tempo sabiam que precisavam de mais organização, pois assim, encontrariam a felicidade.

E como primeiro ato de rei, Max se responsabiliza pela felicidade dos monstros, vê que eles estão cansados de tanta infelicidade e diz que seu império só trará alegria para suas vidas. A partir de então, Max começa a elaborar vários tipos de brincadeiras para as criaturas se sentirem felizes. Porém, nada é tão fácil assim, conforme os dias vão passando, o garoto vai percebendo que os monstros são criaturas com temperamento difícil. Há Judith, que adora opinar em tudo e seu parceiro Ira, há o divertido Douglas e o fracassado Alexander, também tem a doce KW, que nunca está presente, sempre tem uma desculpa para estar longe. Porém, Max logo se identifica com Carol, o mais parecido com ele, divertido, adora brincar a todo o tempo e ainda tem seu lado carente, necessitando sempre de um amigo ao seu lado.

E com o passar dos dias, esses monstros vão percebendo que Max não passa de uma criança perdida e nunca seria um rei. E o garoto, por sua vez, percebe que aquele não é o paraíso, e dentro daquelas doces criaturas podem estar os verdadeiros monstros.



Uma sensível metáfora. Onde Vivem os Monstros entra fundo na mente de uma criança, e repito, não é um filme para crianças, é sobre elas. Spike Jonze vai muito mais longe que apenas nove frases, chega ao ápice do complexo, nunca nenhum filme soube estudar tão bem o que é uma criança e como é a infância. Esse período da vida não é tão fácil como parece, e no filme, Jonze fraguimenta todos os tipos variados dos sentimentos de uma criança em diversos monstros, onde cada um representa uma parte de Max, e dentro dele, há alguém que pede por um amigo, há alguém que pede por brincadeiras, há alguém que não entende porque as pessoas que tanto ama são tão distantes, e ao mesmo, alguém que tem medo, e para se sentir mais forte e conseguir enfrentar suas próprias inseguranças, expulsa os monstros que há dentro de si.

É realmente muito difícil chegar a uma conclusão do filme, antes de assistí-lo, achava mesmo que estava prestes a assistir um projeto infantil. Porém, desde as primeiras cenas vi que não se tratava disso, muito pelo contrário, provavelmente, as crianças poderão até odiar o filme, que não tem nada de tão alegre e divertido assim. É um filme complexo para elas, complexo até para nós, maiores de idade.

Spike Jonze, passou a maior parte de sua carreira, dirigindo clips musicais, e no cinema dirigiu poucos, inclusive os elogiados Adaptação (2002) e Quero Ser John Malkovich (1999). Ninguém entende mais do que ele de visual, logo que videos musicais exploram muito mais a imagem do que o roteiro em si. Onde Vivem Os Monstros surpreende, pois além do roteiro magnífico, seu visual é explêndido, uma fotografia de deixar qualquer um de boca aberta, explora as florestas, o deserto de uma maneira fantástica, e tudo fica perfeito nas telas.

A trilha sonora é um charme a parte e também fundamental para o longa que tem pouquíssimas falas e muitas vezes somos guiados pela música, com ela sabemos se a cena em questão é uma cena dramática ou cômica. E mais do que isso, a trilha sonora fala muito no filme, ganha personalidade, principalmente pelo fato de ser cantada por crianças. Quem foi responsável por esse feito, foi Karen O, vocalista da banca Yeah Yeah Yeahs, que reuniu crianças num estúdio e gravou várias músicas, aliás, incríveis.

Difícil falar sobre esse filme. É encantador, me deixou sem palavras durante dias. Inteligente, ousado, original, estiloso, sensível, enfim, um filme marcante. Palmas para toda a equipe, pelo roteiro de Spike Jonze ao lado de Dave Eggers e também pela sua maravilhosa direção. Destaque para Max Records que protagoniza com competência. Trilha sonora e fotografia impecáveis, além de não se entregar por técnicas visuais, dando mais realismo ao longa, onde os mostros, nada mais são que fantasias muito bem customizadas e que ganham vida por seus dubladores extremamente competentes.

E onde vivem os monstros? Dentro de cada um de nós. Fantástico. Um dos melhores do ano!!

NOTA: 10














terça-feira, 6 de julho de 2010

Crítica: Fúria de Titãs (Clash of The Titans, 2010)

A criatividade está em falta em Hollywood, e para não deixar de lucrar com a sétima arte, nada melhor que adaptações de livros e refilmagens de filmes antigos. E em 2010, um dos grandes blockbusters foi Fúria de Titãs, refilmagem do filme de mesmo nome de 1981. E para isso, criatividade e originalidade são itens que não foram cogitados nessa produção, onde o único obstáculo foi transpor toda a fantasia da história para as tecnologias do século XXI, efeitos visuais, nada mais que efeitos visuais!

por Fernando Labanca

Na história, Zeus (Liam Neeson) teve um filho com uma mulher casada, uma humana, e devido a isso, é assassinada pelo próprio marido e colocou o filho, um semideus, num caixão e o abandonou no mar. Ele é encontrado por um casal de pescadores, se torna Perseu, cresce e vive sua vida sem se importar com sua verdadeira origem. Eles viviam num mundo comandado pelos deuses, mais especificamente, por Zeus, que sempre teve apoio de seus dois irmãos, Poseidon, o deus do mar, e Hades (Ralph Fiennes), o deus do submundo, deus da morte.


Até que a população de Argos, cansada de viver sob os comandos de deuses que nada fazem por suas vidas, se rebelam, o que faz com que Hades fique furioso e acaba matando pessoas, o que ele não esperava é que dentre essas pessoas estaria a família de Perseu, que por sua vez, fica sozinho no mundo e acaba sendo acolhido pelos soldados de Argos. E numa celebração contra Zeus, Hades volta novamente dizendo que no eclipse que se aproxima seria libertado o Kraken, a criatura mais temida e que destruiria toda a cidade, e a única maneira de detê-lo era sacrificando a princesa Andrômeda (Alexa Davalos), que a mãe havia comparado sua beleza com a beleza dos deuses. Zeus apoia a fúria de seu irmão e lhe dá poder para tal atitude sem saber o quão mal ele está fazendo para a população de Argos, mas quando descobre, já era tarde demais.

Perseu já sabe sua identidade, um semideus, filho de Zeus, e precisa vingar a morte de sua família adotiva, e mais do que isso, salvar a pele da bela princesa e destruir Hades, então, sem mais nada a perder, começa a liderar uma expedição junto com oito soldados e dois caçadores sedentos por aventura, para tal missão, antes que seja tarde, porém, para isso, ele e seu exército vão ter que lutar com criaturas terríveis, demônios, inclusive lutar contra Medusa, a única chance que eles tinham de matar Kraken, logo que a deusa possui um grande poder de matar alguém somente com um olhar.

A história, lida, é até interessante, todos os elementos fantásticos envolvendo seres mitológicos é tudo encantador, mas na tela, é outra coisa bem diferente. Dirigido por Louis Laterrier, o mesmo de O Incrível Hulk (2008) e Carga Explosiva, que consegue em duas horas destruir todo esse mundo encantador e transformá-lo em algo grotesco e de mal gosto.

A tecnologia 3D vem trazendo ao cinema muito dinheiro, entretanto, destruindo aos poucos a sétima arte, logo que por trás dessa tecnologia, há produções fracas que se resumem ao seu visual, foi assim com Alice no País das Maravilhas e agora com Fúria de Titãs, que nada mais é que visual. Inteligência, criatividade, ousadia, nada de bom se acrescenta nesse longa, onde nem mesmo os efeitos visuais que deveriam ser a melhor coisa do longa são de grande destaque. Ainda assim, são ótimos, entretanto, mal utilizados, as cenas com muita ação e efeitos são de mau gosto, além do fato, dos melhores momentos terem sido expostos logo no trailer, e logo digo, o trailer foi uma grande propaganda enganosa. Mas nem tudo é ótimo, ainda há exemplos negativos do visual, como a Medusa, hiper computadorizada e nada real, e o cenário grotesco dos deuses, onde Zeus sempre aparece como sendo uma luminária, e todos os outros deuses brilhando, além das cadeiras e até o chão iluminam, é de cegar qualquer um, de muito mau gosto também.

A história é ruim, fraca, é a mesma coisa que o filme de 81, e mesmo depois de tantos anos, continua fraca e não são os efeitos visuais que vão melhorá-la. Nada faz muito sentido em Fúria de Titãs. Perseu é patético, nunca sabemos quem ele realmente é ou quem ele deseja ser, uma hora odeia o fato de ser um semideus e deixa claro que não quer usar de seus poderes para salvar Argos, mas de uma cena para outra, ele deixa de ser o garoto mimado e insuportável, para se tornar herói, um herói cheio de clichês e sem nenhuma personalidade. Io, personagem misteriosa, é uma jovem que segue Perseu desde sua infância até a grande aventura, mas nunca fica claro quem ela é, e o que ela faz. Além dos outros coadjuvantes, personagens caricatos e que parecem cópias de tantos outros filmes épicos, soldados engraçados e que fazem piadinha o tempo todo, enfim, horríveis. E para piorar as atuações nada salvam, Sam Worthington, decepcionante, sem expressar qualquer tipo de sentimento. Gemma Arterton numa personagem de destaque, mas não convence, além de todos os outros coadjuvantes. Salva Liam Neeson e Ralph Fiennes, mais uma vez, ótimos.

Ou seja, não perca seu tempo. É ruim, um filme que nada vai acrescentar sua vida. Claro, que se você procura algo que não precise pensar ou raciocinar, pode até ser uma boa escolha, pra quem gosta de muitos efeitos e muita ação. Não recomendo, mas Fúria de Titãs não chega a ser detestável, é até assistível, mas é daqueles filmes que são facilmente esquecidos.

NOTA: 4





quinta-feira, 1 de julho de 2010

Crítica: Homem de Ferro 2 (Iron Man 2, 2010)

Sequência de Homem de Ferro, traz Jon Favreau mais uma vez na direção e Robert Downey Jr como Tony Stark. E ainda conta com um elenco de peso como Scarlett Johansson, Samuel L.Jackson e claro, Gwyneth Paltrow como Pepper Potts . E substituindo Terrence Howard, entra Don Cheadle como James Rhodes. E ainda o novo vilão...Ivan Vanko, interpretado por Mickey Rourke.

Um filme feito para diversão...e dinheiro, claro!!

por Fernando Labanca

Alguns meses depois, Tony Stark agora enfrenta novos problemas. Já é conhecido mundialmente como o "herói" Homem de Ferro e vive sua vida sob os privilégios da fama, mais festas, mais bebidas. Mantêm um relacionamente sério com sua assistente Pepper Potts e sempre conta com a ajuda de seu leal amigo, James Rhodes.

Depois de perceber que não se sente nada bem, descobre que o metal paládio no reator "arc" em seu peito e que o mantêm vivo o está envenenando e começa a refletir se esta nova forma de vida vai durar muito tempo. É quando começa a tomar novas providências, como sair do camando das Indústrias Stark e nomeia sua assistente como nova presidente. Para substituí-la, Pepper contrata Natalie Rushman (Johansson).

E para piorar, o senado americano manda Tony Stark entregar sua tecnologia, diga-se de passagem, super avançada, para o governo para fins militares, mas ele sempre se recusa. Até que em um momento de diversão, Tony participa de uma corrida de carros, o que ele não imaginava é que estaria perto de conhecer seu mais novo inimigo, e no meio do público inicia uma grande batalha, ele contra um ser misterioso com chicotes e muita força, mas ele falha e vai preso. Este é Ivan Vanko, construiu um reator "arc" para si mesmo e não se sabe como, mas ele sabe de toda a tecnologia de Stark. Eis que surge, o empresário bélico, Justin Hammer (Sam Rockwell), vai atrás de Vanko, o liberta, mas com uma condição, passar seus conhecimentos para uma indústria capaz de superar a tecnologia do Homem de Ferro. E Ivan, mais do que ninguém, quer destruí-lo, devido a problemas passados, envolvendo a morte de seu pai e toda a indústria Stark.

A partir de então, tudo muda. Pepper se torna a diretora responsável e autoritária e Justin Hammer, um homem capaz de tudo para destruir a carreira de Tony. E este, vendo o seu fim próximo, vai abandonando tudo, aos poucos, até que surge, seu amigo, James Rhodes e fica com sua armadura Mark II, se tornando uma espécie de Homem de Ferro, mais conhecido como Máquina de Combate. Também entra em ação, Nick Fury (Samuel L.Jackson), diretor da agência internacional S.H.I.E.L.D, onde ele monitora heróis, e revela a verdadeira identidade de sua atual assistente, Natalie, a verdadeira Viuva Negra.

Capaz de prender o público do primeiro ao último segundo, Homem de Ferro 2, é adrenalina pura. Não pára um minuto sequer, explosões, batalhas, boas sequências de lutas. Enfim, simplesmente hipnotizante. Tem muito mais ação que primeiro filme, mas nem por isso é melhor que o antecessor.

O primeiro, definitivamente, é melhor. Principalmente pelo roteiro, que é muito mais interessante, e talvez, porque antes era novidade. Agora, com a sequência, nada de muito novo surge, Jon Favreau usa das mesmas fórmulas que fora utilizada anteriormente, a única coisa que vai além é a ação e a aventura, só. O filme até que tenta, mas nada é tão novidade assim, até que tem uma história ali, outra história lá, mas a verdade, é que a maior parte da projeção é gastada com cenas de ação e muitos efeitos, que aliás, são ótimos. E ainda, o filme é muito forçado, tem cenas extremamente exageradas, coisas muito fora da realidade, como por exemplo, o excesso de tecnologia, onde todas as personagens tem total habilidade em manuseá-las, sem nenhuma dificuldade.

O elenco é bom, entretanto, as personagens, fracas. Robert Downey Jr. interpreta com capacidade Robert Downey Jr., mais uma vez, não inova em nada e seu Tony Stark chega ao ridículo em determinadas cenas, como a sequência onde ele faz uma dancinha grotesca, detalhe, com armadura de Homem de Ferro, patético. Gwyneth é linda, mas sua personagem se torna, digamos, insuportável. Mickey Rourke deu um passo atrás em sua carreira, depois do sucesso em O Lutador, faz uma personagem sem graça, e não consegue transmitir nenhum tipo de sentimento, nem ao menos, ódio, e se torna um vilão fraco e facilmente esquecido. Scarlett Johansson, é maravilhosa, linda mais uma vez em cena, faz uma das melhores sequências de luta do filme, porém, sua personagem, infelizmente, é pouco valorizada na trama, se tornando, uma mera coadjuvante. Don Cheadle, ótimo também, mas pouco aproveitado. Um pouco criticado pela mídia, pelo seu caricato vilão, Sam Rockwell, na minha opinião, tem uma ótima atuação, e desponta neste longa, como o oficial vilão de Homem de Ferro 2, logo que Ivan Vanko não consegue preencher essa função, é engraçado, versátil e muito carismático, talvez, a coisa mais nova e interessante que surgiu no filme.

Vale pela diversão, desligue completamente o cérebro, e se deixe levar pelos grandes momentos de ação. Vale o ingresso, mas não espere muita coisa, é inferior que o primeiro, que diferente dele, não usa da novidade e do bom roteiro para atrair atenção, e para isso, utiliza somente efeitos especiais.

NOTA
: 6,5




























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